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INDIA - DESCOBERTA

Fiz uma viagem à India quando tinha 21 anos. Queria vivenciar algum tipo de choque cultural, alguma experiência que me dissesse que a vida que eu levava em Campinas e que meus habitos e padrões até ali seguidos sem questionamento eram só uma escolha entre muitas outras. Haveria outros muitos modos de pensar, de viver, de enxergar e experienciar a vida. Não me conformava em estar meio feliz, dentro de um estado meio vivo-morto de estar. Por que eu não poderia estar mais feliz? Mais em paz, mais segura de mim mesma, mais auto confiante, com mais auto estima? Porque eu não poderia ter mais intimidade com as pessoas, ter relacionamentos mais profundos e verdadeiros? Porque não poderia usufruir no bom sentido, de mim mesma e dos outros? Eu estudava psicologia na época mas achava que o conhecimento que me passavam ali todos os dias por 6 ou 7 horas, era tendencioso e pobre. Havia muita revolta dentro de mim, achava que o tempo passava e eu mantinha protocolarmente meu bumbum colado a uma cadeira velha e pixada numa sala mal cuidada, ouvindo professores sem paixão, sem vigor, falarem automaticamente seguindo um curriculo vazio. Esta era a minha visão geral radical. Nesta altura eu dava mais valor ao meu próprio pensamento hostil e orgulhoso, eu acreditava que a verdade tinha apenas um aspecto e este era sempre absoluto. Se alguma abordagem psicológica fizesse para mim algum sentido mas depois trouxesse uma ponta sequer de incompatibilidade com meus pensamentos, eu já descartava, não conseguia seguir adiante. O mesmo acontecia em várias outras situações. Quando lia algum livro que gostasse, se houvesse alguma parte que me desagradasse, já o dava por perdido. Algo morria dentro de mim, a curiosidade já estava manchada pela frustração. A imagem idealizada de mim e do mundo nunca era sustentada...
Comandava o velho pensamento, ou tudo ou nada.

Mas foi justamente essa insatisfação que me levou a buscar outros conhecimentos. Uma busca pelo entendimento do ser humano em níveis mais profundos, não somente do mental e do emocional, mas também do nível espiritual. Algo tão comum para os orientais e um tanto inacreditado pelo ocidente. Fiquei 3 meses na India, sozinha. Eu acredito que para conhecer um pouco da India temos que ficar um tempo que seja maior do que o tempo de impacto pela pobreza e pela sujeira. Temos que ultrapassar este choque para poder perceber o resto, o que está além daquilo. Pretendo escrever as estórias sobre a India em alguma ocasião, mas aqui quero dizer que só me senti competente para ajudar pessoas para contribuir para uma vida de mais realizações e felicidade, depois de muito buscar respostas externas mas principalmente internas. Depois de 7 anos de estar formada pela Universidade, de fazer cursos de aperfeiçoamento em Harvard, de fazer formação em gestão de grupos, de fazer cursos de aconselhamento familiar, de estudar os métodos de condução de sessões da terapia cognitiva de Aaron Beck, de fazer cursos de mediação de conflitos e principalmente de estar num processo intenso de autoconhecimento, me senti capacitada a contribuir para o crescimento pessoal de outros.